Um pôr -do-sol olhando de minha varanda!

Um  pôr -do-sol olhando de minha varanda!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Antes que seja Tarde

Antes que seja tarde

É bastante comum pessoas, no leito de morte, desejarem aliviar a
consciência. Fazem confissões apressadas de erros passados, pedindo
e esperando perdão.
Acreditam que, por estarem partindo, tudo será perdoado e esquecido.
Não é verdade.
Em algumas circunstâncias, revelações das faltas cometidas deixam,
nos corações dos que ficam na Terra, muita mágoa e azedume.
Mágoa e azedume que, como vibrações negativas, chegarão ao
Espírito liberto, perturbando-o, na vida espiritual.
Outros, antevendo a proximidade da morte, apresentam suas últimas
vontades.
Dessa forma, os que os assistem nessa hora final, ficam constrangidos
a executá-las, gerando-lhes, por vezes, muitos incômodos.
Moribundos há que desejam falar, mas não dispõem de voz,
debatendo-se em aflição.
Por tudo isso, pensa e age de forma diversa.
Se sabes que um dia a morte te arrebatará o corpo, providencia já o
que acredites necessário.
Não faças, nem alimentes inimigos. Perdoa sempre.
Desfaz, quanto antes, o mal entendido, para que, depois da morte,
não venhas a te perturbar, por causa de remorsos, que serão
tardios.
Se desejas presentear alguém com o que te pertença, ou almejes
adquirir, providencia de imediato.
Não aguardes o tempo futuro. Ele poderá não te chegar.
Faz testamento, regulariza a doação. Executa tua vontade, agora.
Se pensas em reparar erros do ontem, toma logo a atitude.
Não relegues a outrem o acerto dos teus desatinos. E, para que não
te arrependas, depois da partida, não economizes palavras e gestos
aos teus amores. Acarinha, abraça, beija.
Após o desenlace, poderás desejar o retorno para dar recados e
falar do amor que nunca expressastes na Terra.
Poderá ocorrer que a Divindade não te permita. Ou que não tenhas
as condições para a manifestação.
Ou não encontres a quem falar e dizer.
Por ora, podes falar e agir. Faze-o.
Depois da morte, precisarás contar com quem te interprete o
pensamento, quem te deseje ouvir, te sintonize.
E lembra que se não semeares afeições e simpatias, enquanto no
trânsito carnal, não terás frutos a recolher na Espiritualidade.
Nem quem te recorde no mundo.
Se almejas fazer o bem, servindo à comunidade, prestando serviço
voluntário, engaja-te hoje ainda.
Não aguardes aposentadoria.
Dá hoje a hora que te sobra ou conquistas, entre os tantos
compromissos agendados, porque poderá acontecer que não venhas a
gozar os dias que esperas.
Ou que, por circunstâncias que independam da tua vontade, necessites
alongar a jornada profissional por mais alguns anos.
Vive intensamente. Matricula-te no curso de idiomas, na aula de
música, pintura, bordado.
Esmera-te no aprendizado para que, ao partir, leves contigo uma
grande bagagem.
De braço dado com quem amas, realiza a viagem sonhada. E fotografa
tudo com o coração, para não esquecer nenhum detalhe.
A máquina fotográfica poderá falhar, por defeito técnico ou
inabilidade de quem a manuseia.
Mas o teu coração não esquecerá jamais o que viveu amorosamente.
Feito tudo isso, se a morte chegar, de rompante ou te abraçar de
mansinho, poderás seguir sem traumas, sem medos, em paz.
E em paz deixarás os teus familiares, os teus amigos, os teus
colegas e conhecidos.
Pensa nisso.

/Redação do Momento Espírita, com base no cap. /Antes da
desencarnação/,/
/ pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, ed. L

sábado, 29 de outubro de 2011

Sabedoria


Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer a minha neta:
- Querida, venha cá.
Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado.
Tenho umas coisas pra te contar.
E assim, dizer apontando o indicador para o alto: - O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração!
Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões.
E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
Siga sempre seu coração.
Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
Satisfaça seus desejos.
Esse é seu direito e obrigaç ão.
Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim.
Aproveite sua casa, mas vá aFernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
Cuide bem dos seus dentes.
Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito...
" Vai que o carteiro ganha na loteria - tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
Tenha uma vida rica de vida! Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável.
Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance elas inventam também detalhes desnecessários.
Se for se casar, faça por amor.
Não faça por segurança, carinho ou status.
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão.
É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
Compreenda seus pais.
Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
Era só isso minha querida.
Agora é a sua vez.
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?

Isso vale para todos nós, pais, filhos, netos e amigos...

"Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes !! "

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Alegria dos outros


A alegria dos outros

Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier
e indagou-lhe:
/Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia
espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação./
/Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta,
meu amigo?/
/Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa
muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina
Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa./
/O// que me falta, Chico?/
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe
respondeu:
/Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a “alegria dos
outros”! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É
necessário repartir, distribuir para o próximo.../
/A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que
proporciona a alegria de volta àquele que a distribui./
/É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a “alegria dos
outros”./
* * *
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas, que
transitam pela Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de
/doação/?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de
todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a /alegria dos
outros/.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo,
que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres
imediatos.
Não, essa /alegria dos outros,/mencionada por Emmanuel, é gerada
por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe
que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por
uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os
homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa
/alegria dos outros/, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser
úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma
indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em
palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa
paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de
nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça,
feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: / É este o
caminho... Continue.../
* * *
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos,
distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos
farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos
que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de
violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.

/Redação do Momento Espírita, com base em relato sobre episódio
da vida de Francisco Cândido Xavier, de autor desconhecido, e que
circula pela Internet./
/Disponível no cd Momento Espírita, v. 20, ed. Fep./
/Em 20.10.2011./

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Você é o que deseja ser!


Você é o que deseja ser

João era um importante empresário. Morava em um apartamento de
cobertura, na zona nobre da cidade.
Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua
oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho
e suas realizações.
Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio.
Dirigiu-se a uma das suas empresas.
Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha
inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com
vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.
Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi:
/Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress./
Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube
que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a
todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.
Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma,
seu otimismo.
Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa,
saiu com a família para jantar.
Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.
Enquanto isso, Mário, em um bairro pobre de outra capital, como
fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.
Estava desempregado e, naquele dia, recusara uma vaga como auxiliar
de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.
Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira,
cansada de ser espancada e viver com um inútil.
Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele
dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe
havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na
calçada.
Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe
perguntou por que ele era assim: /Sou um desgraçado/, falou. /Meu
pai era assim. Bebia, batia em minha mãe./
/Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que
nossa mãe morreu. Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar
vivendo desta mesma forma./
Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um
dos alunos: /Por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se
tornasse um grande empresário e um grande ser humano?/
Emocionado, João respondeu: /Devo tudo à minha família. Meu pai
foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava
em emprego algum. /
/Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria
aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um
irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca
mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma. /
* * *
O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu
futuro e, sim, a maneira como você vai reagir a tudo que lhe
aconteceu.
Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o
seu futuro.
Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.
O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.
O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai
acontecer.
E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de
amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de
amargura, sem esperança.
Pense nisso! Mas pense agora!

/ Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria
ignorada./
/Disponível no cd Momento Espírita, v. 11, ed. Fep./
/Em 20.10.2011./

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